Os músculos dos glúteos representam o poder de tomar as
próprias decisões, de ter coragem e determinação para caminhar com as próprias
pernas sem depender emocional e financeiramente de ninguém.
Nádegas murchas ou caídas simbolizam o medo inconsciente da
solidão e de perder o controle. Pessoas nessas condições trazem para si as
responsabilidades e problemas que seriam de seus familiares e assim,
inconscientemente, realizam seus objetivos de mantê-los presentes e sob seu
domínio ao mesmo tempo em que protegem a sua dependência emocional. Tendem a
abrir mão de seus prazeres pessoais em prol de outros, mesmo que isso lhes
cause aborrecimentos. Pessoas com nádegas murchas normalmente têm pouca
capacidade de sentir prazer físico.
Muitas dessas pessoas moram sozinhas, possuem uma sólida situação financeira e são independentes profissionalmente. Entretanto, carregam em seu coração inseguranças emocionais, daí necessitarem participar a alguém da família ou a amigos suas dúvidas, decisões e medos. Não conseguem ir avante sozinhas e são sempre anuladas em seus verdadeiros desejos pessoais. Sentem uma tremenda necessidade de aconselhar-se com alguém em busca de orientação sobre como agir em determinadas circunstâncias. Glúteos ou nádegas caídas portanto mostram o quanto a pessoa está vivendo sob a influência de terceiros.
Observe,
a título de exemplo, a reação do cão agredido de surpresa: ou ele, assustado,
mete o rabo entre as pernas e vai embora, ou ataca agressivamente quem o
molestou. É exatamente assim que essas pessoas vivem: ora mostram-se anuladas,
ora agressivas em defesa de seu território ou sua individualidade quando se
vêem acuadas. São indivíduos aparentemente de personalidade forte, mas isso é
apenas sua agressividade e insegurança por não saberem administrar seu poder
com sabedoria.
As nádegas estão diretamente ligadas aos dois primeiros chacras
do nosso corpo, o centro basal ou muladara (sustentáculo da base), onde reside
a energia da kundaline (a serpente enrolada ou fogo serpentino localizada na
ponta do cóccix); e o chacra sacral, ou suadhisthana (sua própria morada, sede
de si), centro que sustenta todo o sistema energético do corpo e está
tradicionalmente ligado à região sacra.
As atividades relacionadas ao chacra
basal são as viscerais e instintivas, isto é, comer, dormir e tudo o que está
ligado à segurança pessoal e à sobrevivência. Pela tradição chinesa esse centro
está ligado ao mundo dos infernos. Pessoas com falta de energia no chacra basal
não acreditam muito em si próprias, têm poucas sensações corporais, são
influenciáveis e de personalidade pouco equilibrada.
Já as pessoas que têm excesso de energia no muladara trabalham em demasia, são materialistas, invejosas, desejam ansiosamente algo, cobiçando-o fortemente. Seu ego busca satisfação a qualquer custo, fazendo com que essas pessoas cometam injustiças por se basearem em falsos conhecimentos. Quando essa energia é liberada, a pessoa busca seu equilíbrio interno e seu próprio espaço na vida.
Passa a sentir-se forte emocionalmente e não é mais dominada por alguém ou pela matéria. Deixa de ser prisioneira e passa a conhecer a alegria e o amor por todas as coisas.
Já o segundo centro fica na altura do osso sacro. Pela
tradição chinesa é conhecido como mundo dos famintos. É um chacra ligado à luz,
à vida, à procriação, à sexualidade, à sensualidade erótica e à busca do
prazer.
A energia desse centro domina a função genital, os líquidos do corpo, o
sistema adiposo, as glândulas genitais e a absorção e eliminação. O excesso de
energia no centro sacral cria a sexualidade exacerbada, o dom-juanismo, a
ninfomania, o desejo em todos os níveis e sede de tudo.
Por outro lado, a falta de energia leva à abulia (falta de
desejo ou de vontade), à anorexia (perda de apetite), aos edemas, à frigidez, à
aversão e à impotência.
Quando essa energia é liberada e equilibrada, a pessoa
torna-se hospitaleira, cordial, ama a vida, sabe dar e receber e passa a ser
misericordiosa para com todos os seres. Veja que a tradição hindu comprova a
linguagem do corpo, egípcia, chinesa e japonesa. O ponto de vista oriental é
sempre harmonioso, tendo poucas abordagens diferentes entre si. Trata-se de um
conhecimento milenar, que o Ocidente comprova e respeita através das terapias
alternativas ou tradicionais. Os chacras, por exemplo, são comprovados através
da máquina Kirlian, que fotografa a aura e pontos energéticos do ser vivo.
Cristina Cairo Linguagem do Corpo Vol 2...
Fontes: http://www.somosartes.net
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